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Capoeiras Célebres 2
Capoeiras Célebres 2

 

Agenor Moreira Sampaio, mais conhecido como Sinhozinho de Ipanema, era paulista, nascido em Santos, em 1891, e tendo falecido em 1962. Dotado de extraordinário vigor físico, destacou-se em várias modalidades esportivas.  Embora tenha terminado seus dias em Ipanema, morou muitos anos em São Cristóvão e em Copacabana.

Aprendeu sua capoeira observando os bambas de sua época, convivendo com os boêmios, com os valentes e os malandros do Rio de então. Tendo praticado outras formas de luta, como o box e a luta greco-romana, via a capoeira como luta, sem se dedicar a seus aspectos de música, folclore e atividade acrobática. Os capoeiras do Rio de Janeiro usavam sua arte para brigar, enfrentar seus adversários sem nenhum espírito esportivo, antes, freqüentemente, em disputa de seus territórios. A navalha e a faca eram seus companheiros constantes, causando ferimentos e mortes ao final das contendas.  Provavelmente por isto, a capoeira é pobre em recursos para a luta agarrada e se completava com estas armas. No Clube do Sinhozinho se praticava levantamento de pesos, ginástica em aparelhos, box, capoeira, etc..Existiam, então, muito poucas academias no Rio de Janeiro e a rapaziada de Ipanema tinha aí oportunidade de cuidar do físico e aprender diversas modalidades desportivas. 
 À noite, os atletas se reuniam nos bares próximos para o papo e as cervejas, daí muitos terem se especializado mais nos chopes do que nas atividades físicas.  Mas aqueles que se dedicavam aos treinamentos recebiam atenções especiais do mestre e muitos se tornaram atletas destacados, tendo  alguns se orientado para o magistério. Entre os que se exercitaram sob a orientação de Sinhôzinho podemos destacar: Paulo Azeredo, Paulo Amaral, Sílvio M. Padilha, André Jansen, Bruno e Rudolf Hermanny, Luiz Pereira de Aguiar (Cirandinha), Eloy Dutra, Carlos Alberto Petezzoni Salgado, Joaquim Gomes (Kim), Telmo Maia, Tom Jobim, Carlos Madeira, Darke de Mattos, Comandante Max, Paulo Lefevre, Paulo Paiva, Bube Assinger, Wanderley Fernandes (Paraquedas), José Alves (Pernambuco), Roberto Gomes, Bob Onça, Carlos Pimentel, Lucas e Haroldo Cunha, Manoel Simões Lopes, Flávio Maranhão, Carlos Alberto Copacabana, e numerosos outros.  Foram gerações sucessivas, daí a dificuldade de citar todos. 

A Capoeira de Sinhozinho se aproximava mais da Regional do que da Angola.  Selecionados os golpes que lhe pareciam mais eficazes, Sinhozinho impunha a seus alunos um rígido treinamento repetitivo, fazendo-os aplicar os golpes em sacos e bolas, até que alcançassem precisão e eficiência, além de usar artifícios engenhosos para desenvolver suas habilidades. Sem canto ou ritmo marcado,  sua capoeira revela, apenas, a face de luta desta atividade.  Sacrifica a beleza do som e da imagem na busca de objetividade marcial.

*A  capoeira de Sinhozinho era baseada na capoeira  das antigas maltas que tanto perturbaram as autoridades do  Rio de Janeiro durante longos anos e teve pouca influência das  modalidades praticadas ao som do berimbáus .

 

 


 

1935 "André Jansen em Salvador". Rio de Janeiro, Diário de Notícias. 30 outubro: "O público carioca conhece sobejamente o esportista André Jansen, considerado o mestre absoluto da luta brasileira (a capoeiragem). Várias vezes André teve ocasião de brilhar em nossas arenas, demonstrando sua técnica admirável, servida por uma valentia e uma resistência extraordinária.

Jansen foi o maior discípulo de Agenor Sampaio, Sinhozinho  1935 "André Jansen em Salvador". O Imparcial, Salvador, 25 de outubro. Breve, mais importante registro de uma das passagens de André Jansen por Salvador. Promotores de um grande evento de pugilismo, inspirados em promoções similares realizadas no Rio de Janeiro, convidaram Jansen para inaugurar as apresentações num confronto com Ricardo Nibbon (também do Rio, aluno dos Gracie). Como preliminar, Mestre Bimba fez uma exibição com